Chico Xavier

terça-feira, 23 de julho de 2013

EMMANUEL E CHICO XAVIER: O PRIMEIRO ENCONTRO

EMMANUEL E CHICO XAVIER: O PRIMEIRO ENCONTRO

Todos nós temos nossos Mentores, os quais estão sempre nos auxiliando e protegendo, embora muitas vezes o façam em silêncio, falando apenas dentro de nossa consciência e de nosso coração. O encontro de Chico Xavier e Emmanuel foi muito bonito e assim se deu, conforme consta do livro " As vidas de Chico Xavier, de Marcel Souto Maior.

O rapaz*teve sua conversa com Deus interrompida pela visita de uma luz luminosa. Franziu os olhos e percebeu, entre os raios, a poucos metros, a figura de um senhor imponente, vestido com uma túnicatípica de sacrdotes. O recém chegado foi direto ao assunto.   _ Está mesmo disposto a trabalhar na mediunidade?
_ Sim, se os bons Espíritos não me abandonarem.
_ Você não será desamparado, mas para isto é preciso que trabalhe, estude e se esforce no Bem.
_ O Senhor acha que eu estou  em condições de assumir o compromisso?
_ Perfeitamente, desde que respeite os três pontos básicos para o serviço.
Diante do silêncio do desconhecido, Chico perguntou:
_ Qual o primeiro ponto?
A resposta veio seca:
_ Disciplina.
_ E o segundo?
_ Disciplina
_ E o terceiro?
_ Disciplina, é claro.
Chico Xavier

sábado, 29 de junho de 2013

APARELHOS QUE PODERÃO LER OS NOSSOS PENSAMENTOS E SONHOS

ESTARÃO CHEGANDO JÁ, ATRAVÉS DAS DESCOBERTAS DA CIÊNCIA, OS APARELHOS QUE PODERÃO LER OS NOSSOS PENSAMENTOS E SONHOS?



Se estas descobertas que relatamos abaixo se confirmarem, estaremos vendo mais uma vez a fundamentação para o que o espírito de André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, nos disse, nos trouxe, como informação, nos livros "Os Mensageiros", Missionários da Luz", "Nos Domínios da Mediunidade", entre outros, de que existiriam no Plano Espiritual aparelhos utilizados pelos espíritos socorristas nos seus trabalhos, que leriam o
pensamento e o estado mental, vibracional, dos espíritos que estavam sendo ajudados, sendo que alguns aparelhos, por exemplo, conseguiriam projetar o pensamento do espírito em uma tela (tipo um vídeo) para que os socorristas vissem o que se passava realmente com ele no interior de sua MENTE, que é a fonte de toda a realidade, para a partir daí ministrarem o mais adequado tratamento para ele, naquele momento. Outro aparelho relatado é o PSICOSCÓPIO, que, dentre várias coisas, é usado também para ver o estado vibracional do espírito, a sua real condição espiritual, que se reflete e se traduz nas vibrações que o espírito produz, gera, o que ajuda os espíritos socorristas, que trabalham auxiliando os outros, a identificarem a real situação espiritual daquele ser que será ajudado.

Muitas vezes achamos esquisito e curioso os espíritos terem que usar aparelhos, algumas vezes, em alguns de seus trabalhos. A imagem que muitos têm é que o mundo espiritual seria uma "abstração" e os espíritos não precisariam mais de se utilizarem de "coisas materiais". Eles lançariam mão de "milagres" e de verdadeiras "mágicas". Quem pensa assim se esquece que Deus não nos dá nada sem que nos esforcemos e trabalhemos muito para merecer. Os nossos reais poderes e assombrosas capacidades espirituais serão conquistados através de muito trabalho, através de muito estudo, e através do nosso mérito próprio, é a meritocracia, eles virão no tempo certo . Tudo tem de ser conquistado e merecido. Sendo assim, para que servem os aparelhos, porque nós nos utilizamos deles, lançamos mão deles? Eles servem para intermediarem, permitirem, facilitarem, os trabalhos, os  processos, e as ações, específicas, que precisamos realizar e que ainda, devido às nossas várias limitações físicas e às de toda ordem, não conseguimos fazer sem usarmos instrumentos, aparelhos, equipamentos, que intermediam e que nos permitam realizar os trabalhos, processos e ações necessárias. O espírito na medida que evolui, ele vai conquistando cada vez mais os seus poderes e capacidades espirituais, mentais, e passa a não precisar, cada vez mais, dos aparelhos, instrumentos, equipamentos, que como dissemos são dispositivos de intermediação que permitem ao espírito realizar determinados processos e ações físicas específicas. Sua MENTE passa a ser o grande instrumento que realiza ações físicas no Multiverso, instrumento que constrói de fato realidades físicas, a mente sendo o instrumento que tudo faz e que tudo pode fazer, claro que dentro dos limites impostos e das reais condições espirituais daquele espírito, sendo permitido poderes e capacidades diferenciados cada vez maiores, e que ao que tudo indica esses poderes e capacidades crescem em direção ao infinito, de acordo com o grau evolutivo de cada ser. Allan Kardec em A Gênese, no capítulo que trata sobre os fluidos, diz que a MENTE é para o espírito o que a mão é para o homem encarnado, ou seja, ela produz ações físicas, inclusive mecânicas, na realidade exterior ao espírito. Freeman Dyson, um dos maiores físicos da segunda geração de físicos quânticos, disse que a MENTE dominar a matéria é UM PRINCÍPIO UNIVERSAL.

Começamos usando aparelhos para intermediar as ações e os processos, depois evoluiremos para a telepatia, para a telecinesia, e para outras coisas mais, para, por exemplo, o uso de processos
telepáticos, com a qual uma mente interage diretamente com a outra mente, capta, sente, percebe, os padrões mentais gerados pela outra mente Como já dissemos em ocasiões anteriores, as descobertas da Mecânica Quântica nos ajudam a admitir a POSSIBILIDADE da telepatia ser um fenômeno verdadeiro ao nos mostrar que talvez, tudo na verdade faça parte de UM ÚNICO TODO instantaneamente interconectado com tudo, e então uma mente não estaria na verdade separada das outras mentes. Erwin Schroedinger, prêmio Nobel de física e um dos criadores da Mecânica Quântica, disse que a multiplicidade das mentes é uma ilusão e que em verdade, o que existia era apenas UMA SÓ E ÚNICA MENTE. O espaço, como um elemento separador de coisas, de elementos de realidade, passa a ser uma ilusão, um fenômeno de segunda ordem, secundário, gerado para as nossas necessidades temporárias.

A superposição de possíveis estados de realidade. implica na constituição de um sistema único caracterizado pela superposição de vários estados possíveis; a Não Localidade no, e do, Universo que nos mostra que possivelmente tudo esteja instantaneamente interconectado, interligado, com tudo, o salto quântico que o elétron dá instantaneamente de um nível de energia para o outro, no interior do átomo, sem atravessar a região do espaço que separa os níveis de energias diferentes, nos sugerem que o espaço na verdade é um efeito ilusório de segunda ordem, secundário, como também possa ser o tempo, criado e gerado para as nossas necessidades evolutivas do momento, o que nos leva a concluir, pelo menos como possibilidade, que tudo faz parte de um único todo instantaneamente interconectado com tudo. (Para ver mais sobre a fundamentação disto, acesse a publicação que fizemos no Portalsaber intitulada "O CONDENSADO DE BOSE-EINSTEIN NOS AJUDA A FUNDAMENTAR A UNICIDADE, A TOTALIDADE NO, E DO, UNIVERSO? UNICIDADE E TOTALIDADE NO, E DO, UNIVERSO NOS SUGEREM A EXISTÊNCIA DE DEUS?

Albert Einstein falou que se a Não Localidade (que implica em ação instantânea a distância, não importando de fato o tamanho desta distância, ação que ele chamou de AÇÃO FANTASMAGÓRICA) no, e do, Universo; uma das principais descobertas realizadas pela Mecânica Quântica não só pelas suas consequências no que diz respeito ao entendimento possível da realidade física, ao entendimento da natureza, às aplicações decorrentes desta descoberta em outros trabalhos de pesquisa na física pura e na aplicada, como também pelas consequências filosóficas e metafísicas importantíssimas que decorrem desta descoberta da Não Localidade no, e do, nosso Universo; Einstein falou que se a Não Localidade fosse uma verdade, e para a nossa felicidade tudo até agora indica que seja, a TELEPATIA seria uma REALIDADE, uma verdade, também. Então, segundo Einstein, a TELAPATIA é uma Realidade.

Vejam abaixo que interessante essas notícias, nos textos e no vídeo que estamos disponibilizando. Geraldo Lemos nos disse que certa vez o Chico Xavier lhe falou que a ciência praticada em colônias espirituais como Nosso Lar, está em torno de 100 anos na frente da ciência que praticamos do lado de cá da realidade. Fazendo-se rapidamente pequenos cálculos, vemos que a série de livros que descrevem os trabalhos, processos, e a vida no Plano Espiritual, bem como suas consequências morais, psicografados pelo espírito de André Luiz através do Chico  Xavier, datam da década de 50 do século XX, o que em relação aos dias de hoje dá uma diferença de aproximadamente 60 anos para que um tipo de instrumento utilizado por espíritos, que ainda precisavam eventualmente utiliza-los naquela época, comecem a chegar aqui para nós. Deus não dá asas às cobras.

Se estas descobertas forem verdadeiras e se confirmarem, isto será SENSACIONAL. O vídeo mostra a pesquisa realizada em uma das mais importantes universidades americana, que é a Universidade da Califórnia, Campus de Berkeley, onde um aparelho lê a mente do gato e reproduz o que ele está vendo. Este vídeo foi achado pelo nosso amigo Cristiano Miranda. Em um dos textos vemos que a pesquisa foi publicada pela Nature, que uma é das mais importantes revistas de publicações científicas do mundo.

O vídeo apresenta a importantíssima pesquisa, realizada na Universidade da Califórnia, onde aparelhos "leem" o que a mente de um gato está enxergando, é sensacional.



clique na imagem para ampliar ou clique com o botão direito para salvar

clique na imagem para ampliar ou clique com o botão direito para salvar




Anuário espírita 2010 (pgs 114 e 115, Editora IDE)


PENSAMENTO E MATÉRIA

“O progresso tecnológico constatará cientificamente a vida espiritual"

(Boletim SEI, Rio, RJ, 8/11/2008.)

Cientistas americanos desenvolveram uma técnica capaz de identificar as imagens vistas por uma pessoa.
Para esse feito, os pesquisadores da Universidade da Califórnia criaram um programa que analisa imagens por ressonância magnética captadas do córtex no instante em que as pessoas analisadas olhavam para uma série delas. Nos testes realizados pelos cientistas, o programa identificou nove em cada dez imagens.

A nova técnica, segundo os estudiosos, abre caminho para a criação de um aparelho que eventualmente seja capaz de fazer a leitura da memória ou dos sonhos ao reconstruir as impressões visuais. “Em breve talvez sejamos capazes de reconstruir a imagem de uma experiência visual apenas ao observar a atividade do cérebro. Imagine um aparelho que faz leituras do pensamento, capaz de reconstruir a imagem da experiência visual de uma pessoa em qualquer momento” – disse Jack Gallant, que chefiou o estudo. 

Embora otimistas, os cientistas ressaltam que, por enquanto, a técnica só pode ser usada em imagens estáticas já que os aparelhos de ressonância magnética conseguem fazer apenas uma leitura a cada três ou quatro segundos, o que impossibilita a decodificação da atividade cerebral no caso de imagens em movimento.

A descoberta foi divulgada em março pela revista científica Nature, conforme a reportagem “Cientistas criam técnica que lê imagens captadas pela mente”, publicada naquele mês pela BBC Brasil. 

*

À medida que progride tecnologicamente, o ser humano vai mais e mais se encaminhando para a constatação científica da vida espiritual. E o estudo do pensamento, certamente, muito contribuirá nesse sentido. Adiantandose, contudo, a muitas descobertas humanas, a Doutrina Espírita tem trazido à Terra, há mais de 150 anos, notícias que valem ser observadas mais atentamente. É o caso das narrativas de André Luiz, que mostra, por exemplo, em seu livro Mecanismos da mediunidade,psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira, como o pensamento produzido no mundo físico repercute na realidade espiritual.

“Como alicerce vivo de todas as realizações nos planos físico e extra físico, encontramos o pensamento por agente essencial. Entretanto, ele ainda é matéria,a matéria mental, em que as leis de formação das cargas magnéticas ou dos sistemas atômicos prevalecem sob novo sentido, compondo o maravilhoso mar
de energia sutil em que todos nos achamos submersos e no qual surpreendemos elementos que transcendem o sistema periódico dos elementos químicos conhecidos no mundo” – afirma o benfeitor espiritual no capítulo “Matéria mental”, onde também explica como os pensamentos da criatura determinam a sua condição vibratória, imprimindo no seu halo vital ou aura não só uma frequência determinada mas cor peculiar.

André Luiz, no capítulo 2 do livro Nos domínios da mediunidade,psicografado por Chico, fala ainda sobre um aparelho do plano espiritual denominado psicoscópio, através do qual os Espíritos conseguem identificar, sem acurada concentração mental, as vibrações dos encarnados e observar-lhes a matéria. Vale destacar também neste capítulo as palavras ditas a André Luiz pelo instrutor espiritual Áulus, que lhe apresentou o psicoscópio: “O estudo da mediunidade repousa nos alicerces da mente com o seu prodigioso campo de radiações. A ciência dos raios imprimirá, em breve, grande renovação aos setores culturais do mundo. Aguardemos o porvir”.






ILUSTRADO POR HENRIQUE LISBOA




Dauro Mendes 

O PENSAMENTO DO ESPÍRITO DE EMMANUEL (1)


Prezados amigos, estamos começando mais uma série de trabalhos onde procuraremos apresentar O MELHOR do pensamento do Cristo, do Emmanuel, do André Luiz, dos grandes cientistas, dos grandes filósofos, da codificação de Kardec. Todos podem colaborar com a construção desse trabalho nos enviando os melhores textos, frases e citações, referentes a eles, e indicando as fontes de referência. A colaboração de cada um será citada nominalmente nas publicações. Começaremos este trabalho então com a apresentação do pensamento do Emmanuel.

chico xavier - emmanuel
Livro Emmanuel
Vejam esta pergunta que foi feita ao Emmanuel, pergunta que está no livro  "EMMANUEL" psicografado pelo Chico Xavier em 1938, na página 171, terceiro parágrafo:  
Pergunta: Todos nós temos consciência dos princípios de unidade e variação, ou de universalidade e individualidade, que funcionam juntos em nosso mundo. Onde se encontra o ponto de interação, ou lugar de reunião desses dois termos opostos?
Resposta do Emmanuel:  Se temos aí consciência dos princípios de unidade e variação, ainda aqui os observamos, sem haver descoberto o seu ponto íntimo de união.
 Todavia, o princípio soberano de unidade absorve todas as variações, crendo nós que, sem perdermos a consciência individual no transcurso dos milênios, chegaremos a reunir-nos no GRANDE PRINCÍPIO DA UNIDADE, que é a PERFEIÇÃO. 

Esta resposta do Emmanuel nos faz concluir que tudo (e todos) faz parte de uma coisa só, que só existe UMA COISA SÓ, A ESSÊNCIA DIVINA, DEUS, e nós seríamos expressões, efeitos, variações, DESTA COISA ÚNICA. Não é à toa que os Espíritos nos falam que tudo que existe no mundo espiritual e no nosso mundo físico são transformações, apresentações variadas, expressões diversas, do FLUÍDO CÓSMICO UNIVERSAL, o HÁLITO DIVINO.
SOBRE O TEMPO E O ESPAÇO 
Esta pergunta está na página 171 do mesmo livro citado acima.
Pergunta – O espaço e o tempo serão apenas formas viciosas do intelecto, ou terão uma expressão objetiva no esquema da realidade pura? E, neste último caso, quais serão as relações fundamentais entre espaço e tempo?
Resposta  –  No  esquema  das  realidades  eternas  e  absolutas, tempo  e espaço não  têm expressões  objetivas;  se são propriamente formas viciosas do vosso intelecto, elas são precisas ao homem como expressões  de controle dos fenômenos da sua existência. As figuras, em cada plano de aperfeiçoamento da vida, são correspondentes à organização através da qual o Espírito se manifesta.

Quando Emmanuel diz que "No  esquema  das  realidades  eternas  e absolutas,  tempo  e espaço não  têm expressões  objetivas", ele de certa forma está dizendo que tanto o espaço como o tempo são na verdade efeitos e fenômenos secundários e ilusórios mas necessários para o nosso momento e processo evolutivo. O que fundamenta esta possibilidade na física é o salto quântico que o elétron faz no interior do átomo onde ele instantaneamente salta de um nível de energia para o outro sem atravessar a região de espaço que separa os dois, o que nos faz questionar a realidade do espaço pois ele é um elemento separador que separa espacialmente uma coisa da outra e no caso o salto de um nível de energia atômico para outro se dá de forma instantânea o que nos faz questionar a realidade do espaço. Também a Não Localidade e o emaranhamento quântico são outras descobertas da Mecânica quântica que nos fazem questionar a realidade do espaço, pois a Não Localidade e o emaranhamento quântico nos mostram que, possivelmente, tudo faz parte de um único todo instantaneamente interconectado, interligado, com tudo. Instantaneidade implica em Totalidade sem real separação e novamente o conceito de espaço, como um elemento separador que separa as coisas, deixa de ser real, verdadeiro, deixa de ter sentido no caso, passando a ser somente um efeito "ilusório" de segunda ordem.
SOBRE O ESPÍRITO E  A MATÉRIA
Pergunta – Será licito considerar-se espírito e matéria como dois estados alotrópicos de um  só  elemento  primordial,  de  maneira  a  obter-se  a conciliação  das  duas  escolas perpetuamente  em  luta,  dualista  e monista,  chegando-se  a  uma  concepção  unitária  do Universo?Resposta  –  É  licito  considerar-se  espírito  e  matéria  como estados  diversos  de  UMA ESSÊNCIA  IMUTÁVEL,  chegando-se dessa  forma  a  estabelecer  a  UNIDADE SUBSTANCIAL  doUniverso.  Dentro, porém, desse monismo físico-psíquico, perfeitamente conciliável com a doutrina dualista, faz-se preciso considerar a matéria como o estado negativo e o espírito como  o  estado  positivo  dessa  SUBSTÂNCIA.  O  ponto  de  integração  dos  dois  elementosestreitamente  unidos  em  todos  os  planos  do  nosso  relativo conhecimento,  ainda  não  o encontramos.
A  ciência  terrena,  no  estudo  das  vibrações,  chegará a conceber a  UNIDADE de todas as forças físicas e psíquicas do Universo. O homem, porém, terá sempre um limite nas suas investigações sobre a matéria e o movimento. Esse limite é determinado por leis sábias e justas, mas, cientificamente poderemos classificar esse estado inibitório como oriundo da estrutura do seu olho e da insuficiência das suas faculdades sensoriais.
Novamente aqui Emmanuel fala da UNIDADE, do UNO, a qual implica na TOTALIDADE, na UNICIDADE.
(A Ciência já está chegando aos poucos a conceber a UNIDADE de todas as forças físicas, processo que se aprofundou com os estudos de Einstein relacionados à Teoria do Campo Unificado e se expressa mais fortemente nas atuais GUTs, teorias que buscam unificar as forças, e nas outras teorias de Simetrias e de Unificações).
Trazemos também, para completar a nossa reflexão, um pedaço do importante prefácio que Emmanuel escreveu no livro “Nos Domínios da Mediunidade,” psicografado pelo espírito André Luiz através do médium Chico Xavier:
“Químicos e físicos, geômetras e matemáticos, erguidos à condição de investigadores da verdade, são hoje, sem o desejarem, sacerdotes do Espírito, porque, como conseqüência de seus porfiados estudos, o materialismo e o ateísmo serão compelidos a desaparecer, por falta de matéria, a base que lhes assegurava as especulações negativistas. (faço aqui a observação que o que o Emmanuel quis dizer com por falta de matériaé que a física moderna "desmaterializou" a matéria, que hoje é entendida como uma quase total abstração, como uma "imaterialidade").
Os laboratórios são templos em que a inteligência é concitada ao serviço de Deus, e, ainda mesmo quando a cerebração se perverte, transitoriamente subornada pela hegemonia política, geradora de guerras, o progresso da Ciência, como conquista divina, permanece na exaltação do bem, rumo a glorioso porvir. O futuro pertence ao Espírito!
Semelhantes verdades não permanecerão semi-ocultas em nossos santuários de fé. Irradiar-se-ão dos templos da Ciência como equações matemáticas. 
Todavia, o que destacamos por mais alto em suas páginas é a necessidade do Cristo no coração e na consciência, para que não estejamos desorientados ao toque dos fenômenos.  Sem noção de responsabilidade, sem devoção à prática do 
bem, sem amor ao estudo e sem esforço perseverante em nosso próprio burilamento moral, é impraticável a peregrinação libertadora para os Cimos da Vida." 
Relembramos aqui a sempre inteligente, profunda e ponderada reflexão de Emmanuel
- Pergunta feita ao Emmanuel:
Apresentando o Espiritismo, na sua feição de Consolador prometido pelo Cristo, três aspectos diferentes: científico, filosófico, religioso, qual desses o maior?
-Resposta do Emmanuel:
“Podemos tomar o Espiritismo, simbolizado desse modo, como um triângulo de forças espirituais. “A ciência e a Filosofia vinculam à Terra essa figura simbólica, porém, a Religião é o ângulo divino que a liga ao céu. No seu aspecto científico e filosófico, a doutrina será sempre um campo nobre de investigações humanas, como outros movimentos coletivos, de natureza intelectual, que visam o aperfeiçoamento da Humanidade. No aspecto religioso, todavia, repousa a sua grandeza divina, por constituir a restauração do Evangelho de Jesus-Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza do seu imenso futuro espiritual”. ( Emmanuel, prefácio de “O Consolador”).
Compreendemos então a importância da ciência, como também da filosofia, como ferramentas para nos ajudarem no nosso processo de religação com Deus, na estruturação deste importante triângulo de forças, e vemos que a religião é a parte principal e mais importante deste processo, desta figura, e que tanto a ciência, como a filosofia, nos ajudam a compreender este processo e a caminharmos na direção dele de forma mais eficaz e efetiva, bem como a estruturá-lo. Emmanuel ainda diz:
“O Espiritismo – renascença do Espelho de Nosso Senhor Jesus Cristo – é uma Doutrina Racional, sem quistos dogmáticos que lhe deformem o corpo de revelações simples e puras, brilhando por luminoso caminho de aperfeiçoamento das almas e assimilando, sem resistência, todas as conquistas filosóficas e científicas da Humanidade”. ( Emmanuel, livro Chico Xavier Inédito, página 121).
“A Ciência – matriz do progresso – será sempre, no mundo, a interrogação vestida de luz, entesourando experiências, diante da verdade”. (EMMANUEL)
 "O Cristo não estabelece linhas divisórias entre o templo e a oficina. Toda a Terra é seu altar de oração e seu campo de trabalho, ao mesmo tempo. Por louvá-lo nas igrejas e menoscabá-lo nas ruas é que temos
naufragado mil vezes, por nossa própria culpa. Todos os lugares, portanto, podem ser consagrados ao serviço divino." (Emmanuel, no livro "Caminho, Verdade e Vida")  ( CONCLUÍMOS COM ESTE TEXTO
DO EMMANUEL, QUE NÃO HÁ SEPARAÇÃO NO TRABALHO DO CRISTO, TANTO A CIÊNCIA COMO A RELIGIÃO SÃO OFICINAS DO CRISTO E FAZEM PARTE DA SUA OBRA, SÃO FERRAMENTAS DE CONSTRUÇÃO DA SUA OBRA, FAZEM PARTE DO SERVIÇO DIVINO, NÃO HÁ SEPARAÇÃO VERDADEIRA ENTRE AS DUAS EM ÚLTIMA ANÁLISE) (esse pequeno texto, imediatamente acima é uma contribuição do colaborador Tales Argolo)
Dauro Mendes

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Canção da alegria cristã



Somos companheiros, amigos, irmãos,
Que vivem alegres, pensando no bem.
A nossa alegria é de bons cristãos,
Não ofende a Jesus, nem fere a ninguém.

A nossa alegria é bem do Evangelho.
Vibra e contagia da criança ao velho,
Mesmo entre perigos daremos as mãos,
Como bons amigos, como bons cristãos.

Sempre ombro a ombro, sempre lado a lado,
Vamos trabalhar com muita alegria,
Pelo Espiritismo mais cristianizado
Pela implantação da paz e harmonia.

A nossa alegria é bem do Evangelho.
Vibra e contagia da criança ao velho,
Mesmo entre perigos daremos as mãos,
Como bons amigos, como bons cristãos.


Como consideramos Jesus


Em entrevista concedida por Chico Xavier ao professor Herculano Pires (escritor, jornalista, filósofo), no início de 1972, ele falou sobre a maneira pela qual considera Jesus. O texto foi publicado no livro "Na era do espírito" , por Herculano Pires.
É importante frisar que as palavras de Chico Xavier apresentam, de forma sucinta, os ensinamentos de Benfeitores Espirituais, registrados em várias obras por ele psicografadas.
“Do que posso pessoalmente compreender, dos ensinamentos dos Espíritos amigos, consideramos Jesus Cristo como sendo Espírito de evolução suprema, em confronto com a evolução dos chamados terrícolas que somos nós outros. Não o senhor do sistema solar, com todo o respeito que temos a personalidade sublime de Jesus, mas consideramo-lo como supremo orientador da evolução moral do planeta.
E os Espíritos como Buda, como Zoroastro, como aqueles outros grandes instrutores da Índia e da Grécia, por exemplo, que eram considerados orientadores ou chefes de grandes movimentos mitológicos, serão ministros do Cristo, pois não temos ainda outra definição para classificá-los, dentro dos nossos parcos conhecimentos a respeito da nossa História no lado espiritual da vida.
Vemos que Jesus convidou doze discípulos. Eram discípulos humanos tanto quanto nós, para que não fossemos instruídos por anjos, pois senão nada entenderíamos da Doutrina do Cristo. Teríamos de entender a doutrina com os discípulos também humanos, frágeis portadores de deficiências como as nossas, embora respeitemos, nos doze, personalidades eminentemente elevadas em confronto com a nossa posição atual na Terra. Mas, do plano espiritual, Ministros do Senhor cooperaram, cooperam e cooperarão sempre para que a nossa personalidade se consolide cada vez mais no plano físico.
Nós estamos, vamos dizer, no limiar da era do espírito, mas estamos ainda sacudidos por grandes calamidades psicológicas, como a Terra no seu início, como habitação sólida, esteve movimentada por grandes convulsões. Psicologicamente estamos sacudidos por esses movimentos que dificultam a nossa compreensão. Mas os Ministros do Senhor estão cooperando para que alcancemos a segurança, com a estabilidade precisa, para que o planeta seja realmente promovido a mundo de paz e felicidade para todos os seus habitantes.
O Criador, a nosso ver, conforme ensinam Espíritos amigos que nos visitam, é o Criador. Não podemos ainda ter outra definição de Deus mais alta do que aquela de Jesus Cristo quando o chamou de Pai Nosso. Além disso, a nossa mente vagueia como se estivéssemos em águas demasiadamente pro- fundas, sem recursos para tatear a terra sólida. Pai Nosso, Deus Criador do Universo. Então, a força que Deus representa ter-se-ia manifestado em Jesus Cristo para que Ele, como um grande engenheiro, de mente quase divina, pudesse realizar prodígios sob a inspiração de Deus na plasmagem, na estruturação do mundo maravilhoso que habitamos. Mas não consideramos Jesus como Criador, conquanto o respeito que lhe devemos.”
(Tema abordado na reunião pública do dia 10 de dezembro de 2012)

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Médico de Almas- Evangelista Lucas


    O menino Lucas nutria um grande amor por Rúbria sua companheira de brincadeiras.

    Como cresceram juntos, Lucas acompanhou desde a meninice o precário estado de saúde da amiga.

    Rúbria possuía a doença branca, e pouco se sabia na época sobre essa doença.

    enfermidade por vezes cedia, permitindo bem-estar a Rúbria por algum tempo, mas depois voltava, cruel.

    Nas crises ela tinha terrível falta de ar e hemorragias pelo corpo. Muitas vezes Lucas a viu à beira da morte.

    No entanto, houve um tempo em que a doença cedeu por vários anos. Durante aquele período o amor que Lucas sentia por Rúbria amadureceu.

    Na época ele tinha aproximadamente 16 e ela 14 anos, e todos os planos da vida de Lucas incluíam Rúbria.

    Lucas interessou-se pela medicina desde muito jovem e assim que estivesse pronto iria para a escola de medicina de Alexandria.

    Mas, infelizmente, a jovem voltou a adoecer e depois de alguns meses de sofrimento físico ela morreu.

    Naquele momento, toda alegria e serenidade, toda paz que Lucas sempre cultivara, se converteram em uma revolta sem tamanho, tristeza e dor indefiníveis.

    Lucas sempre acreditou na existência de Deus, mas com a morte de Rúbria passou a sentir ódio de Deus.

    Aquilo só podia ser uma maldição. Por que Deus levou justamente a sua amada, e com ela todos os seus planos de felicidades?

    Como pôde Deus privar o mundo da presença de Rúbria?

    Agora ela estava morta, perdida por toda a eternidade.

    Lucas tornou-se inimigo de Deus e prometeu vingar-se, tamanha sua revolta, seu desespero, sua tristeza.

    Decidiu medir forças com Deus. Toda vez que Deus tentasse levar alguém pela doença, ele iria curar esse alguém para que Deus não fosse vitorioso.

    Mas Lucas tinha um coração amoroso, só estava ferido.

    E apesar de sua briga com Deus devotou toda sua vida no auxílio aos desafortunados.

    Mesmo tendo recebido muitas ofertas para trabalhar em Roma, a capital do império, ele preferia trabalhar como médico nos navios, pois sabia que deveria estar onde precisassem dele.

    Mesmo magoado com Deus Lucas vivia as leis divinas. E por sua conduta e amor ao próximo acabou encontrando Paulo de Tarso, e através dele o consolo de que tanto necessitava.

    A boa nova do Cristo acalentou o coração de Lucas, pois lhe mostrou a imortalidade da alma, a bondade e ajustiça divina, a individualidade da alma, a possibilidade do reencontro com a mulher amada.

    Quando o evangelho do Cristo abriu as portas do infinito ao jovem médico e lhe mostrou um Deujusto e bom, seu coração encontrou a paz que havia perdido com a morte da sua amada.

    E Lucas passou a ser também médico de almas, aliviando corações dilacerados pela dor da separação, com o bálsamo do evangelho de Jesus.

    Por sugestão de Paulo, o grande Apóstolo dos gentios, Lucas resolveu ser um divulgador da boa nova. Foi ele que escreveu o terceiro evangelho e os atos dos apóstolos.

    Você sabia?

    Você sabia que no início os seguidores do Cristo eram chamados “viajores”, “peregrinos”, “caminheiros”, e a comunidade deles se chamava “caminho”?

    Por essa razão eram chamados “homens do caminho”.

    E você sabia que foi Lucas quem sugeriu que os discípulos do cristo fossem chamados de cristãos?

    Lucas, apesar da dor causada pela morte da mulher amada, não se entregou ao desânimo nem à depressão, mas foi à luta.

    E foi com as mãos no trabalho que um dia ele encontrou o grande tesouro da sua vida: a certeza daimortalidade da alma.

    Essa verdade que Jesus não só ensinou, mas voltou do túmulo para provar.

O Problema das Drogas - André Rabello

    Não há dúvida de que o problema das drogas hoje, assim como nos últimos anos, vem tomando proporções preocupantes para todos nós. Se olharmos para as estatísticas, poderemos comprovar que nos dias atuais o número de usuários de drogas legais ou ilegais tem aumentado de forma assustadora entre nossos jovens. Vendo esse quadro, perguntamos: quais as razões que levam esses jovens a consumir drogas?
    Vários motivos são citados: rebeldia, curiosidade, ficar com uma imagem boa entre certos amigos etc. Embora válidas, essas razões não são as mais importantes. A Doutrina Espírita mais uma vez nos vem socorrer, nos indicando como deveremos agir para superar esse problema. O espírito Joanna de Ângelis, no livro Adolescência e Vida, psicografado por Divaldo Pereira Franco, analisa esta problemática no capítulo O Adolescente e o Problema das Drogas (pág.122 a 126) nos afirmando que a falta de atenção da família é o principal motivo que leva o jovem a tentar resolver os seus problemas e conflitos interiores através do cigarro, do álcool e das drogas consideradas ilícitas. Diz ele que os pais “demonstrando incapacidade para resolver esse problema sem a ajuda de químicos ingeridos, abrem espaço na mente da prole para que ante dificuldades, fujam para o recanto da cultura das drogas que permanece em voga”.
    Esta conduta infelizmente não irá fazer com que esses jovens resolvam os problemas que os afligem. Pelo contrário, o uso de drogas apenas acarretará diversas problemáticas para aqueles que as usam, sendo a principal delas os complexos processos obsessivos que esses usuários de drogas se envolvem, já queentidades do mundo espiritual, que usaram drogas na Terra e que ainda não se libertaram deste vício, acabam procurando viciados encarnados para se acoplar em seuperispíritos, para absorver as emanações perniciosas provenientes do uso dessas substâncias. Este processo em longo prazo acaba por causar ao usuário de drogas distúrbios orgânicos graves, como câncer de pulmão, problemas no fígado e no sistema nervoso, devido ao enfraquecimento dos centros vitais do viciado em drogas. E caso não haja a libertação por parte do encarnado do vício das drogas, as conseqüências de seu uso se refletirão para além da morte do corpo físico e, em alguns casos, em futuras reencarnações. Como podemos ver, o destino daquele que faz uso de drogas será muito triste, casos ele não se resolva a largá-las o mais rápido possível.
    Diante deste quadro, o que o Espiritismo nos aconselha para enfrentarmos esta situação? Joanna de Ângelis novamente em Adolescência em Vida nos aconselha que a terapia do amor é a mais eficaz para solucionar o problema das drogas. Esse amor demonstra-se pela maior atenção dos pais para com os filhos, demonstrado pela preocupação com a formação moral deles e o suprimento de suas necessidades afetivas. Os pais também devem buscar a ajuda do espírita'>centro espírita, que poderá oferecer a seus filhos orientações valiosas sobre o perigo das drogas, através das aulas de evangelização e ajudar aqueles já viciados a se livrarem das drogas, através do tratamento espiritual pela água fluidificada, pelos passes e pelas reuniões deobsessão'>desobsessão, para que o espírito viciado em drogas também seja esclarecido. Porém, essasatitudes somente surtirão efeito com a reforma íntima do viciado, com seu desejo sincero de largar as drogas e evoluir moralmente.
    Desta forma, as drogas não serão mais um problema para o ex-viciado, que agora poderá realmente ser feliz, sem a ajuda de nenhuma substância química. Para encerrar, diremos que o combate ao consumo de todos os tipos de droga é uma questão muito importante e deve ser encarada com muita seriedade por todos nós e, com a ajuda que a nossa querida doutrina espírita nos dá, essa chaga de nossa sociedade finalmente desaparecerá da face da Terra.

Alteridade e Reforço Positivo por Alkindar de Oliveira


    A educadora Ermance Dufaux nos esclarece que alteridade é: “O estabelecimento de uma relação de paz com os diferentes. A capacidade de conviver bem com a diferença da qual o outro é portador”.

    Depois de duras penas estamos descobrindo que sempre convivemos com pessoas diferentes. Assim foi há 50 anos, há 30 anos. Assim é hoje. E assim será amanhã.

    Se quisermos ser felizes e produtivos, teremos que aprender a conviver com os diferentes. E, indo mais longe, é preciso que saibamos que a riqueza da humanidade está justamente na diversidade de opiniões e crenças. Antigamente, em vez de analisarmos as diferenças humanas como o grande manancial da criatividade e do desenvolvimento do ser, víamos como “o problema”.

    Inclusive, por não pararmos para pensar sobre a realidade de que só convivemos com pessoas diferentes, acreditávamos que era a atitude do outro a responsável pela eventual dificuldade no relacionamento interpessoal. Agora a nova pedagogia nos ensina que, como diz Ermance Dufaux, “A questão nunca é como convivemos com o outro, mas, como convivemos com o que sentimos e o que pensamos em relação ao outro”. Veja só: é o que “eu” penso e o que “eu” sinto que determina meu bom ou mal relacionamento interpessoal. O lado altamente positivo desta questão é que a “bola” do bom ou do mal relacionamento interpessoal está conosco, e não com o outro. E esta alternativa é salvadora, pois eu não tenho capacidade para mudar o outro, mas, se eu quiser, tenho plena capacidade para mudar minha forma de pensar e de agir.

    Há ambientes altamente conflitantes em que parte das pessoas convive muito mal e parte convive bem. Qual é o segredo? O segredo – que não merece este nome – é que aquela pessoa que convive bem, tem bonspensamentos e bons sentimentos. É o que poderíamos chamar de uma pessoa “humana”. Aquela que sabe aceitar as pessoas como são. Mesmo discordando delas.

    Quando passamos a aceitar as pessoas como elas são, fica mais fácil enxergar qualidades que antes não víamos. Quando não nos relacionamos bem com determinada pessoa, damos ênfase às suas características negativas. Mas, se mudarmos para melhor nossos pensamentos e sentimentos, então teremos interesse em melhor conhecer essa pessoa. E como todo ser humano tem qualidades positivas, nossa aproximação fará com que as enxerguemos. E enxergando essas qualidades, iremos melhor compreender a pessoa e, por incrível que possa parecer, iremos descobrir que temos a aprender com ela. Em conformidade com esse exemplo, uma das formas de exercitarmos a alteridade é: conhecermos a diferença; compreendermos a diferença e aprendermos com a diferença.

    Outra forma de exercitarmos a alteridade é fazer com que toda a equipe olhe na mesma direção. Exemplifico:

    Helmut Maucher, quando Presidente da Nestlé, disse em entrevista que fazia questão de passar pessoalmente aos seus liderados mais próximos que “(...) devem compartilhar nossos valores, que incluem trabalho árduo, honestidade e compromisso com a empresa. Precisam ser modestos. Devem ser pragmáticos e não dogmáticos”. Esta preocupação em passar aos liderados o que se espera deles, qual é a direção a seguir, nem sempre é comum nas empresas. Por exemplo, há líderes que reclamam do problema de relacionamento na sua equipe, mas nunca fizeram um reunião para, por exemplo, dizer: “Pessoal, tenho muito interesse que cada integrante de nossa equipe seja solidário com o colega e que o cultivo da amizade seja o nosso forte.”

    Existe aquela frase que diz: “O que é que você não está procurando e reclama por não achar?”. Isto é, na condição de líder, como eu posso reclamar dos problemas de conflitos improdutivos da minha equipe, se não faço rotineiras reuniões para reforçar o que espero de cada um dos meus liderados?

    ATENÇÃO! MUITO IMPORTANTE:
    Em sintonia com o estilo de liderança que foca “o pessoal” e “o resultado da empresa”, dou a sugestão de adotar um dos discursos abaixo na comunicação com seus liderados. É preciso que os discursos sejam sinceros. Alguns exemplos:

    “O que espero de vocês é que sejam produtivos e que bem se relacionem. Pois, se forem produtivos, mas não se relacionarem bem, a nossa convivência no trabalho não faz sentido”.

    Ou:
    “O que espero de vocês é que sejam produtivos e que sejamos todos amigos. Pois, se forem produtivos, mas se não formos amigos, a nossa convivência no trabalho não faz sentido”.

    Ou:
    “O que espero de vocês é que sejam produtivos e que a afetividade faça parte do nosso grupo. Pois, se forem produtivos, mas não se relacionarem bem, a nossa convivência no trabalho não faz sentido”.

    Obs.: Qualquer que seja o discurso a ser adotado ele precisa exalar verdade. Isto é, jamais o discurso deve ser apenas da “boca prá fora”.

    Atenção: Além de colocar seu coração enquanto fala a frase acima, é preciso procurar vivenciar no dia-a-dia a mensagem que está passando ao seu pessoal. Pois, de que valerá falar sobre a importância do relacionamento se o líder não se relacionar bem com o seu pessoal? De que valerá ditar normas de conduta se o líder não for um exemplo de boa conduta?

    REFORÇO POSITIVO, IMPORTANTE TÉCNICA PARA EXERCITARMOS A ALTERIDADE

    fato de vivenciarmos a alteridade implica em sermos educadores. Pois todo bom educador é alteritário. Portanto, a forma mais produtiva da convivência em grupo, é nos considerarmos educadores.

    Já é patente que todo bom líder é um educador e que todos bons pais são educadores. No entanto, mesmo que ainda não sejamos líderes ou pais, é importante também agirmos como educadores. Pois ser educador não tem a ver com cargo ou função. Ser educador é escolha pessoal. E assim posicionando-nos, nos colocamos como parte integrante e proativa do desenvolvimento dos grupos dos quais fazemos parte, vivenciando a alteridade.

    Mas, o que é um educador?
    A resposta popular é que educador é o ser que tem por função educar as pessoas. E este é o grande erro conceitual, já bem esclarecido pela moderna pedagogia.

    O educador, que merece essa denominação, sabe que educar não é sua função. Ele tem consciência de que não é ele que “educa”. Sabe que cabe a si a importante função de criar ambiente favorável para a própriapessoa se auto-educar. Por exemplo, um professor não educa seus alunos. Sua única função possível é estimularem-nos a se auto-educarem.

    Para melhor entendermos a função de um educador, pense num hábil jardineiro. Ele aduba o jardim, planeja os canteiros, revolve a terra e, por fim, planta as sementes no solo. Se o adubo é bom, se o planejamento foi bem feito e se a terra foi bem preparada e irrigada, surgirá um belo canteiro, onde lindas e cheirosas flores irão encantar o ambiente. O educador é o jardineiro. O educando é a semente.

    Não há jardineiro no mundo que consiga o milagre de fazer a semente desabrochar. Esta função é da própria semente. Somente ela traz potencialmente essa condição. Mas o jardineiro pode, conforme vimos, criar o ambiente ideal para ela – por si mesma - desabrochar.

    Não há líder, pais, ou pessoa no mundo que faça um ser humano crescer interiormente. Esta função é da própria pessoa. Mas o educador pode criar o ambiente ideal para o ser, por si mesmo, se auto-educar ou se auto-motivar (é importante sabermos que também ninguém motiva alguém, é a própria pessoa que se auto-motiva). Conscientes dessa realidade, podemos “sentir” o valor do reforço positivo na convivência com o próximo. O reforço positivo é o preparo do solo do jardim da alteridade.

    A dose certa de reforço positivo.

    Se o jardineiro colocar muito adubo e irrigar além do necessário, a semente tende a apodrecer-se. Da mesma forma, o reforço positivo precisa ser usado na dose certa, nem pouco, nem muito. O líder que elogia todos os dias seus liderados, consegue menos resultados do que aquele que elogia esporadicamente, pois neste caso o reforço passa a ter mais peso e valor.

    Direitos e deveres.

    O líder e o educador tem direitos e... deveres. E sobre esta questão reflitamos sobre a frase que ouvi de um dos participantes de meus treinamentos: Quem tem o direito de criticar, tem o dever de elogiar.

    É comum líder e educador (que neste caso não merecem estes nomes) utilizarem-se do seu direito, mas não do seu dever. Já ouvi pessoas dizerem: “Meu chefe enxerga todos os meus erros, mas não vê meus acertos”.

    E há chefes que em vez de aplicarem o reforço positivo, fazem o oposto: aplicam o reforço negativo. Isto é, quando o funcionário faz algo bem feito ele diz: “Você não fez mais do que sua obrigação. Você é pago para isto.”

    Não nos esqueçamos de que o fato de aplicarmos o reforço positivo (nosso dever), não pode anular nossacrítica (nosso direito). É fundamental que saibamos que reforçar o positivo não necessariamente significa deixar de dizer onde a pessoa está errando. A crítica construtiva, a crítica bem feita, sempre é bem vinda. Reforçar o positivo significa dar ênfase principalmente aos acertos, mas, se para maior eficácia no resultado ser necessário apontar os erros, isto deverá ser feito.

    A melhor forma de criticar alguém.

    Nenhuma pessoa gosta de ser criticada. Repare que logo após a crítica, vem uma justificativa do interlocutor. E quem justifica, explica, mas não resolve. Uma técnica bem adequada para criticar, é a denominada “PNP” (Positivo/Negativo/Positivo), isto é, ao necessitar criticar construtivamente alguém: comece e termine dizendo coisas positivas; coloque a crítica entre as coisas positivas. A seguir, um exemplo:

    Primeira parte: reforçando o positivo.

    “Você trabalha nesta empresa há dez anos, e sempre demonstrou ser um profissional altamente competente. Me lembro do seu projeto para diminuir os custos do seu setor o quanto foi útil para nossa empresa. Lembro-me também quando há dois anos você melhorou o lay out da casa das máquinas, o que gerou melhor produtividade”.

    Segunda parte: a crítica.

    Após o comentário anterior, o interlocutor abre a janela da mente, pois todo mundo gosta de ser elogiado. Quando você perceber que a janela da mente está bem aberta, coloque a crítica, com o peso que ela deve ter. Algo assim:

    “Só que desta vez você cometeu um erro primário. Você mudou a função do seu principal funcionário sem dialogar com ele. O seu proceder está gerando sérios problemas no ambiente interno e a produtividade do seugrupo caiu assustadoramente”.

    Obs.: A crítica precisa ser completa, mas rápida. Pois a medida que você critica, o interlocutor vai fechando a janela da mente, querendo justificar-se. No entanto, antes dele justificar-se, você entra na terceira parte, a seguir.

    Terceira parte: reforçando o positivo.

    Nesta parte você conclui, dizendo: “Mas eu sei da sua inteligência. Tenho consciência de sua competência. Você conseguirá dar volta por cima. Veja que atitude você julga ser melhor adotar, para voltar ao bom ambiente interno que você sempre primou”.

    Atenção: A técnica “PNP” só funciona se você tiver o hábito de utilizar-se rotineiramente do reforço positivo (obviamente na dose certa, sem exagero). Se você não tiver o hábito de utilizar-se do reforço positivo, isto é, se você elogiar apenas quando quer criticar, a técnica não funciona. Pois, quando você começar a primeira parte da “PNP” o interlocutor não irá abrir a mente, e pensará: “lá vem crítica!”.

    Líder, o caçador de acertos.

    A Talent é uma agência de propaganda que criou frases memoráveis como “Não é nenhuma Brastemp”, “A diferença é que o Estadão funciona”, “Bonita camisa, Fernandinho”, dentre outras. À frente dessa agência há um líder especial, Júlio Ribeiro. É imensa sua capacidade de criar um ambiente interno altamente favorável. No seu livro Fazer Acontecer, Editora Cultura, Júlio Ribeiro nos diz que todo líder precisa ser um caçador de acertos. Leia seu recado: “Não se esqueça de ser sempre um caçador de acertos, não de erros. É tolice apontar constantemente os erros da equipe, esperando que com isso ela não erre mais. É melhor estimular os acertos, para que o grupo fique desejoso de acertar sempre. Uma equipe assustada, em vez de tentar fazer o que é o melhor para resolver os problemas da empresa, passa a tentar adivinhar aquilo que o cliente quer. Quando a equipe sabe que o seu trabalho é apreciado, passa a trabalhar bem, por simples satisfação pessoal. É quando fica até a madrugada para tentar uma solução melhor; é quando negocia uma vez mais um plano de mídia para conseguir condições que nem o cliente esperava; é quando fica alegre por alguém ter gostado do trabalho criativo”.

    Um mestre no uso de palavras positivas.

    O dentista Dr. Tom Mcdougal é um mestre no uso de palavras positivas. Ele diz: “mudança de horário” em vez de “cancelamento”; “sala de recepção” em vez de “sala de espera”; “combinar o tratamento” em vez de “pagar”; “esvaziar a boca” em vez de “cuspir”; “preparar o dente” em vez de “passar o motor”; “pequena picada” em vez de “injeção”; “sentirá um certo desconforto” em vez de “sentirá dor”.

    Muitas vezes não nos preocupamos em escolher as palavras certas na conversa com o próximo. E colocar a palavra certa é fundamental, pois só assim poderemos nos ver como educadores e comunicadores. Imagine um pai que, querendo que o filho tenha melhor redação, diz a ele: “Você já estudou onze anos para escrever esta porcaria?! No meu tempo eu trabalhava e estudava, você só estuda e nem sabe escrever!!!”

    Será que este pai comunicou-se com o filho? Não. Este pai desabafou! E desabafo não é comunicação. Éverdade que nenhum ser humano consegue ter controle emocional em 100% do seu tempo. Assim, é normalerrarmos na comunicação em 10 dias por ano. É normal de vez em quando desabafarmos, em vez decomunicarmo-nos. Mas não podemos errar em 350 dias do ano!

    Se quisermos ser comunicadores e educadores, precisamos ter especial cuidado na escolha das palavras que saem de nossa boca.